Anne-Marie Chartier
Especialista em história do ensino da leitura, Anne-Marie Chartier investiga a evolução das práticas e dos materiais didáticos empregados no ensino da leitura e da escrita. Os resultados de seus estudos como pesquisadora do Serviço de História da Educação do Institut National de Recherche Pédagogique, em Paris, lhe permitem afirmar, por exemplo, que as anotações feitas por um docente durante o trabalho, quando analisadas sistematicamente, são fundamentais para o replanejamento constante das aulas. Anne-Marie defende que o educador precisa saber relacionar a base teórica ao seu dia a dia para ensinar bem e alcançar bons resultados escolares.
Chico Marinho
Possui graduação em Engenharia Mecânica pela Universidade Federal de Minas Gerais (1983), mestrado em Artes Visuais pela Universidade Federal de Minas Gerais (1997) e doutorado em Ciências da Comunicação pela Universidade de São Paulo (2004). Atualmente é professor adjunto da Universidade Federal de Minas Gerais. Pesquisa arte e tecnologia nas seguintes áreas: jogos digitais, cinema de animação, arte computacional, instalações interativas imersivas, multimídia, interfaces homem máquina, aplicativos artísticos e educacionais para dispositivos móveis. É líder do grupo de pesquisa Imaginário: poéticas computacionais.
Edvaldo Souza Couto
Possui graduação em Licenciatura Plena em Filosofia pela Universidade Estadual de Santa Cruz (1985), mestrado em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1990) doutorado em Educação pela Universidade Estadual de Campinas (1998) e estágio de pós-doutoramento em Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2011). Atualmente é professor Associado na Universidade Federal da Bahia, no Departamento de Educação II. É um dos coordenadores do GEC: Grupo de pesquisa Educação, Comunicação e Tecnologias. Dentre outros, publicou os seguintes livros: "Transexualidade. O corpo em mutação" (GGB, 1999), "O homem-satélite. Estética e mutações do corpo na sociedade tecnológica" (Unijui, 2000) e "Corpos voláteis, corpos perfeitos. Estudos sobre estéticas, pedagogias e políticas do pós-humano" (Edufba, 2012). É co-organizador dos livros "Corpos mutantes. Ensaios sobre novas (d)eficiências corporais" (Edufrgs, 2007 e 2009), "Walter Benjamin: formas de percepção estética na modernidade" (Quarteto, 2008), "A vida no Orkut. Narrativas e aprendizagens nas redes sociais" (Edufba, 2010 e 2012), "Triunfos do corpo. Polêmicas contemporâneas", (Vozes, 2012) e "Cultura e comunicação visual", (Editora da ULBRA, 2013). Estuda principalmente os seguintes temas: estética; corpo e tecnologia; sexualidade e tecnologia; filosofia da técnica; educação, comunicação e tecnologias; cibercultura e novas educações, software livre, leitura e escrita na era digital, currículo e formação de professores; redes sociais na internet. Com bolsa do CNPQ desenvolveu a pesquisa "Cibercultura e novas educações: leitura e escrita digitais na formação docente" e desenvolve atualmente a pesquisa "Cibercultura e Educações: Narrativas de professores nas redes sociais digitais".
Ignácio de Loyola Brandão
Ignácio de Loyola Brandão é jornalista, escritor, roteirista de televisão e cronista do jornal O Estado de São Paulo. Seu primeiro livro, Depois do sol (contos), impulsionou sua carreira literária. Foi redator-chefe das revistas Cláudia, Realidade, Planeta e Vogue, entre outros periódicos. Escreveu romances importantes no contexto das letras brasileiras, entre eles Bebel que a cidade comeu, Zero, Não verás país nenhum, O verde violentou o muro, O homem do furo na mão, O menino que não teve medo do medo, Veia bailarina e O segredo da nuvem. Escreveu romances biográficos, entre eles, Desvirando a página: a vida de Olavo Setúbal (2008). Sua produção literária rendeu-lhe vários prêmios. Destaca-se, em meio a tantos, o Prêmio Jabuti como Melhor Livro de Ficção de 2008, por O menino que vendia palavras. É membro da Academia Paulista de Letras. Respeitado por seus pares, reconhecido pela qualidade de sua obra, Loyola é valorizado, de forma singular, pelas marcas de cidadania que o caracterizam. É coordenador dos debates das Jornadas Literárias de Passo Fundo desde 1988. Contribui decisivamente na organização de cada edição das Jornadas, desenvolvendo importante e inestimável consultoria. Também na literatura infanto-juvenil, em 2009, publicou Os escorpiões no círculo de fogo. Em 2010, lançou Ruth Cardoso: fragmentos de uma vida, narrativa sobre alguns momentos da vida de Ruth Cardoso. Em 2012, Solidão no fundo da agulha. Em 2013, O mel de Ocara: ler, viajar, comer. Em 2014, Os olhos cegos dos cavalos loucos.
Lucia Santaella
Lucia Santaella é pesquisadora I-A do CNPq, professora titular da PUC-SP com doutoramento em Teoria Literária na mesma universidade em 1973 e Livre-Docência em Ciências da Comunicação na ECA/USP em 1993. É Diretora do CIMID, Centro de Investigação em Mídias Digitais e Coordenadora do Centro de Estudos Peirceanos, na PUC-SP. É presidente honorária da Federação Latino-Americana de Semiótica e correspondente brasileira da Academia Argentina de Belas Artes, eleita em 2002. Professora visitante na Frei Universität-Berlin, 1987, na Universidade de Valencia, 2004, na Universidade de Kassel, 2009 e 2011, na Universidade de Évora, 2010 e na Universidad Nacional de las Artes, Buenos Aires, 2013-2014. Fez repetidos estágios de pós-doutorado (Fullbright, Fapesp, CNPq, Capes, DAAD). Recebeu os prêmios Jabuti em 2002, 2009, 2011 e 2014, o prêmio Sergio Motta, em 2005 e o prêmio Luiz Beltrão em 2010. Organizou 13 livros e, de sua autoria, publicou 41 livros. Além dos livros, publicou cerca de 300 artigos em livros e revistas especializadas no Brasil e no Exterior.
Regina Zilberman
Regina Zilberman licenciou-se em Letras pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul e doutorou-se em Romanística pela Universidade de Heidelberg, na Alemanha. Realizou estágios de pós-doutorado no University College (Inglaterra) e na Brown University (Estados Unidos). É professora adjunta do Instituto de Letras, da UFRGS, e pesquisadora do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Seus livros mais recentes são: A leitura e o ensino da literatura; Brás Cubas autor Machado de Assis leitor; Como e por que ler a literatura infantil brasileira.
Roger Chartier
É um dos mais reconhecidos historiadores da atualidade. Formado pela École Normale Supérieure de Saint Cloud e pela Université Paris-Sorbonne, é Doutor Honoris Causa da Universidade Carlos III de Madrid, pesquisador correspondente da British Academy, professor e pesquisador da École des hautes études en sciences sociales e professor do Collège de France, ambos em Paris. É membro do Centro de Estudos Europeus da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, e recebeu o título de Cavaleiro da Ordem das Artes e das Letras do governo francês. Também leciona na Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, e viaja pelo mundo proferindo palestras. Sua especialidade é a história da cultura, do livro e da leitura na Europa, com ênfase nas práticas culturais da humanidade, interessando-se também pelos efeitos da revolução digital. Suas principais contribuições para a história da cultura estão relacionadas às noções complementares de “práticas”, “representações” e “apropriação”, em que, neste horizonte teórico, as diversas formações e manifestações culturais podem ser examinadas a partir da relação interativa entre esses três polos. Veio várias vezes ao Brasil, onde é, depois do antropólogo Claude Lévi Strauss, o intelectual francês contemporâneo que mais influencia estudantes de ciências humanas.